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Turismo para o morador: Cinema na Montanha no interior de Minas Gerais

Democratização do lazer e da cultura são formas de aproximar a prática turística do morador

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Sessão do Cinema na Montanha (Foto: Divulgação)

Quando se pensa em turismo, a primeira coisa que vem na cabeça de muita gente é a viagem. O que não está errado, claro. Pela definição da ONU Turismo, para que uma pessoa seja considerada turista, é preciso que haja deslocamento. Entretanto, dentro da sua profundidade, o turismo pode ser praticado de diversas formas e uma delas é o morador aprender a ser turista dentro da sua própria cidade.

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O que para muitos pode ser sem sentido é, na realidade, mais simples do que parece. Quando estamos turistando, vemos a vida com mais leveza, vivemos o lazer ao máximo e aprendemos a ver a beleza nas pequenas coisas, às vezes, apenas andar pela cidade se torna um grande passeio. E por que não adotar isso no cotidiano? Porque não aprender a vivenciar aquilo que nos tira da nossa rotina e traz novas perspectivas perto de casa?

Como uma forma de democratizar e aproximar o lazer do morador, o projeto social Cinema na Montanha promove sessões de filmes gratuitas no interior de Minas Gerais. Além das sessões, o projeto promove debates, ações de formação de público e de fortalecimento da cultura audiovisual nas comunidades atendidas.

O Cinema na Montanha proporciona ao morador uma forma de ver a cidade com um olhar de turista por um período, fazendo com que ele se desconecte da sua rotina e veja que é possível ter lazer tão perto de casa, além de adquirir capital cultural do seu próprio país, com a exibição de filmes nacionais de forma gratuita.

Iniciativas como essa são muito importantes para a transformação de um destino e da sua população, fazendo com que o morador se sinta pertencente e passe até a ver a cidade com outros olhos, diante da possibilidade de encontrar um momento de descanso e diversão diferente do que está acostumado.

Assim como o cinema, que é inacessível a 42% da população — de acordo com o painel de Indicadores do Mercado de Exibição —, o turismo também é uma atividade que segrega. A viagem nem sempre é uma possibilidade e, para muitos, é um sonho muito distante. Por isso, projetos que democratizem o acesso ao lazer e a cultura tão perto são fundamentais, para mostrar que o turismo é sim possível, mesmo que o deslocamento não seja.

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Cinema na Montanha

O projeto foi criado com o objetivo de reaproximar o público da experiência coletiva do cinema, especialmente em regiões que há anos enfrentam o desaparecimento das salas comerciais. O Cinema na Montanha já alcançou cerca de mil pessoas desde sua criação, em 2024, com passagens por bairros rurais de Itamonte e pela cidade de Passa Quatro.

Em julho, o projeto vai realizar as três últimas sessões itinerantes de cineclube desta temporada, com exibições de filmes brasileiros em espaços culturais da cidade de Itamonte (MG). A programação inclui exibições presenciais e uma sessão online, ampliando acesso ao público local e regional.

Confira as datas:

  • Semana de 7 de julho – Sessão escolar 

Exibição especial para estudantes da Escola Estadual Nilo Peçanha, no bairro Campo Redondo, em Itamonte. 

  • 12 de julho, às 16h – Sessão no Casarão (Centro de Itamonte) 

Programação aberta ao público com a exibição gratuita do curta-metragem “Melhor se guarda o voo de um pássaro, do que um pássaro sem voos”, de Joana Caetano, seguido de um longa-metragem nacional surpresa. 

  • 14 de julho – Sessão online (horário em votação no Instagram @cineclubenamontanha) 

Exibição gratuita do curta de animação “A menina atrás do espelho”, dirigido por Luri Moreno. A transmissão acontecerá de forma excepcionalmente online. 

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O projeto Cinema na Montanha é financiado com recursos do Governo Federal por meio da Lei Paulo Gustavo, com apoio de: Coletivo de Cultura Casarão, Casa da Cultura de Itamonte, Centro Comunitário do Campo Redondo e Ponto de Cultura VAV. Uma realização de Joana Caetano, Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Governo de Minas Gerais, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal. 

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