Pedro Aihara: Juliana Marins não foi um caso isolado
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Juliana Marins não foi um caso isolado: Pedro Aihara revela falhas no turismo de aventura e alerta para riscos invisíveis

Em entrevista ao podcast Uai Turismo, o deputado federal explica como a falta de preparo e fiscalização contribuem para tragédias evitáveis

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(Foto: Montagem reprodução internet/ Uai Turismo)

A entrevista do deputado federal Pedro Aihara ao podcast Uai Turismo (Portal Uai) trouxe à tona um olhar crítico e propositivo frente às recentes tragédias que marcaram o setor de turismo de aventura — incluindo o caso de Juliana Marins, vítima fatal de uma tragédia na Indonésia.

Aihara descreve os acidentes como uma “tempestade perfeita”, resultante de uma combinação de fatores que se tornam letais em contextos de turismo de alto risco . Tomando como ponto de partida o caso de Juliana Marins na Indonésia, o deputado destaca que, apesar da cobertura midiática, o país carece de uma infraestrutura mínima: locais próximos a vulcões ou regiões montanhosas, muitos percursos são feitos em ambientes praticamente inóspitos, com resgates precários.

Ele sublinha que algumas regiões do mundo dispõem de parques com estrutura bem mais robusta e equipes de apoio bem treinadas, o que torna situações adversas menos dramáticas — exceção feita aos locais mal assistidos, onde acidentes se tornam quase inevitáveis.

Para Aihara, no turismo de aventura, a escolha da agência ou do guia é fundamental. O deputado alerta que muitos turistas são atraídos pela beleza ou fama do local — mas desconhecem os riscos reais das trilhas. Muitas vezes, as agências envolvidas têm estrutura limitada, e não estão preparadas para lidar com emergências, o que agrava o potencial de tragédia.

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Ao comentar episódios em território nacional, Aihara atribui o problema à falta de fiscalização. Ele afirma que ações fiscais só têm efeito quando geram “medo” — como o risco de multa. Em áreas urbanas, onde a arrecadação é significativa, há maior atenção dos fiscais; já em locais remotos, com poucos operadores e baixo retorno financeiro, a fiscalização se torna quase ausente. Ele sugere que seria necessário ampliar a atuação fiscal nessas regiões menos exploradas, sob pena de continuar permitindo que atividades de alto risco operem à margem da segurança.

Em seguida, o deputado debateu a necessidade de regulamentar o turismo de aventura no Congresso, mas alertou para um risco: regras exageradas podem inviabilizar a atividade. Aihara defende um equilíbrio cuidadoso que garanta segurança, sem fechar empresas ou reduzir drasticamente o acesso ao ecoturismo.

A entrevista reforça que, para evitar tragédias no turismo de aventura, é preciso uma abordagem integrada, envolvendo reforço na fiscalização, estruturação das agências e definição de normas. Segundo Aihara, mais do que punir, o objetivo deve ser criar condições para que o medo não surja do risco real, mas da certeza de que há rigor, preparo e respaldo legal.

Essa combinação permitiria preservar o crescimento do setor—promotor de economia, emprego e experiência — sem abrir mão da proteção à vida e à integridade dos turistas. A meta, nas palavras dele, é evitar que cada ocorrência se transforme em uma “tempestade perfeita” de negligência e tragédia. Confira a entrevista completa no link acima.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.