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Gastronomia

Chefs Laurent, Felipe Miyake e Ricardo Filizola e sommelier Vinicius Chupil assinam menu de jantar comemorativo em Curitiba

Experiência, trajetória, excelência em técnicas francesas e ingredientes brasileiros

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José Vinicius Chupil, Felipe Miyake, Laurent Suaudeau e Ricardo Filizola. (Foto: Thiago Paes @paesplomundo)

Uma reverência à experiência de personagens que dedicaram sua trajetória profissional à gastronomia. Um menu que preza pela excelência. Assim foi a essência da noite estrelada em comemoração aos 2 anos de DUQ Gastronomia em Curitiba. O Anfitrião Felipe Miyake recebeu os também chefs Laurent Suaudeau e Ricardo Filizola para o jantar em 5 etapas que contou também com a sempre impecável curadoria do sommelier José Vinicius Chupil.

Menu comemorativo 2 anos DUQ. (Foto: Thiago Paes @paesplomundo)

Uma Ode a boa gastronomia

Primeiramente é preciso enfatizar que o encontro foi uma reverência entre profissionais que prezam pela maturidade, pela admiração à trajetória um do outro, pela excelência nos processos, nas ideias, nas execuções. Em tempos de fugacidades e de imediatismos, o jantar desta noite foi uma ode à boa gastronomia e seu ofício, sua devoção.

Entrada de queijo de cabra. (Foto: Thiago Paes @paesplomundo)

De entrada, tempurá de queijo cabra com tartare de tomate e goiaba curada. Sabe aquele crocante cremoso? E ainda com o frescor do tomate em contraste com a calda goiaba delicada. Um belo início para uma noite repleta de maturidade do que é a boa gastronomia sem firulas ou excessos desnecessários. Apenas o que há de ser apreciado.

Gnudi ao curry. (Foto: Thiago Paes @paesplomundo)

Influências gastronômicas

O chef Felipe Miyake inicia a sequência de três pratos principais com um gnudi de camarão com lentilha de puy cremosa ao perfume de curry e capim limão com crocante de alho poró. E pela primeira vez senti uma nova influência na cozinha do chef Miyake, tão consolidada na franco-italiana, desta vez me fez passear pela intensidade centro-asiática e seus temperos intensos em pratos delicados. O que confirma a riqueza da boa gastronomia, onde qualquer ingrediente é possível, desde que bem pensado, executado, acolhido. A harmonização ficou a cargo do português Justino’s Madeira 3 anos seco.

Pescada, cogumelos e aspargos. (Foto: Thiago Paes @paesplomundo)

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Na sequência, o Chef Ricardo Filizola apresentou uma pescada amarela poché com molho bonne femme (a base de vinho branco e cogumelos), morriles (cogumelos) e aspargos. Trazendo um momento de conforto, de tradição. Delicioso. Um “Les Clos de Reynon” da região de Bourdeaux foi escolhido para a harmonização. Sauvignon Blanc.

Duq Gastronomia.(Foto: Thiago Paes @paesplomundo)

Coentro, mel jataí, mandioca

Na terceira etapa entre os principais, o Chef Laurent Suaudeau apresentou um prato que reflete sua trajetória como um dos pioneiros na fusão entre a alta gastronomia francesa e os ingredientes brasileiros. Peito de pato com semente de coentro e mel de jataí, jus de tucupi e folhado de mandioca, harmonizado com um Chaâteau Reynon. Merlot.

Peito de pato. (Foto: Thiago Paes @paesplomundo)

De sobremesa, um gallete de tapioca, água de coco caramelizada e sorvete de doce de leite com cumaru.

Tapioca e cumaru. (Foto: Thiago Paes @paesplomundo)

Gastronomia franco-brasileira

Desde que chegou ao Brasil, Laurent tem por vocação o prestígio aos produtos nacionais dentro das técnicas da cozinha clássica francesa, criando uma identidade culinária única. É uma emoção ver ingredientes tão brasileiros, tão populares nas feiras e esquinas das nossas cidades, elevados ao mais alto grau da sofisticação, do bom gosto, por meio de técnicas que são tão importantes quanto as nossas originárias, em panelas de barro, em caldos e seus cozimentos ancestrais.

José Vinicius Chupil, Ozeias Texeira, Felipe Miyake e Thiago Paes.

A vinda de personalidades que são referências nacional para jantares colaborativos marcam a trajetória de restaurantes como o DUQ, que na noite estrelada estava simplesmente sendo o DUQ tão apreciado pelo público curitibano, nem mais, nem menos. É que uma cozinha aberta como a do chef Felipe Miyake nos faz lembrar o poeta Fernando Pessoa quando diz que para “ser grande, sê inteiro. Nada teu exagera ou excluí. Põe quanto és no mínimo que fazes”. O chef Miyake e o sommelier Vinicius são assim, inteiros. Bravo!

Thiago Paes é colunista de turismo e gastronomia. Apresentador de TV no canal Travel Box Brazil e esta nas redes sociais como @paespelomundo. Press: contato@paespelomundo.com.br

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