Île de France celebra Dia de Reis com o “Galette de Rois”
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Gastronomia

Île de France em Curitiba mantém tradição e celebra Dia de Reis com o ‘Galette de Rois’

Restaurante curitibano prestigia a história, a gastronomia que miscigenou religiosidades, receitas, momentos únicos à mesa e suas brincadeiras pueris.

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Galette de Rois do Île de France em Curitiba (Foto: divulgação)

Nesta segunda, 6 de janeiro, encerram as festividades natalinas conforme a tradição cristã que homenageia a visita dos Três Reis Magos – Melquior, Gaspar e Baltazar – ao menino Jesus. É o momento do reconhecimento da divindade de Cristo. E como símbolo de união, celebração, agradecimento e conexão com o sagrado, a tradição é servir comidas específicas nestas datas comemorativas. Assim como o panetone está ligado ao Natal e suas origens italianas, mais precisamente de Milão, o “Bolo de Reis” está ligado ao 6 de janeiro e tem suas origens em Portugal, Espanha, França e Brasil, onde geralmente é decorado com frutas cristalizadas e, em algumas versões, contém um pequeno objeto ou fava escondido em seu interior.

A versão francesa do Bolo de Reis (Foto: divulgação)

As tradições mostram como as refeições festivas transcendem o simples ato de comer, incorporando elementos de história, identidade e celebração coletiva. Hoje, é um costume que vai além do aspecto religioso, sendo amplamente celebrado por pessoas de diferentes origens e crenças.

Galette des Rois

A “Galette des Rois” é uma versão francesa do tradicional bolo de Reis, muito popular no norte da França durante as celebrações natalinas. Diferente do Bolo de Reis que encontramos em Portugal ou no Brasil, a galette é feita de massa folhada recheada com creme de amêndoas (conhecido como frangipane). Sua textura é leve e crocante, com um sabor marcante e delicado. Provar o Bolo de Reis é uma oportunidade de vivenciar uma tradição secular que une sabor, cultura e história, momento de reunir a família para iniciar o ano.

Galette de Rois e a tradicional coroa de papel (Foto: divulgação)

Assim como outras versões do bolo de Reis, a Galette des Rois também tem um pequeno objeto escondido em seu interior, chamado de “fève” (que originalmente era uma fava, mas hoje em dia costuma ser uma pequena figura de porcelana). A pessoa que encontra a fève em sua fatia é coroada “rei” ou “rainha” do dia e ganha uma coroa de papel dourada, que geralmente acompanha “la galette”.

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As tradições estão se perdendo?

As vezes fico me perguntando por qual motivo manter essas tradições? Será que os jovens prestam atenção nisso? Será que vale o momento? E logo me vem a reflexão sobre como a tecnologia digital tem transformado a maneira como nos relacionamos com o mundo, priorizando o imediatismo e a superficialidade das interações, o que impacta diretamente nas tradições, que muitas vezes exigem tempo, paciência e envolvimento familiar.

Culinária francesa há mais de 70 anos em Curitiba (Foto: Priscila Fiedler)

A cultura global das redes sociais e suas receitas da moda muitas vezes substitui costumes por tendências e interações superficiais, deixando de lado momentos genuínos com amigos e família. Sem um esforço consciente para preservar as tradições, corremos o risco de enfraquecer ou perder a riqueza cultural que nos conecta com o passado e com a construção do futuro. Será que é só um bolo? E a oportunidade de conversar sobre as tradições, sobre a história, os legados, as receitas. Quando um restaurante levanta essa causa, precisa ser celebrado, prestigiado.

Nesta segunda-feira (06/01), ainda em clima de festa, o Île de France presenteará a Galette de Rois para todos os clientes que estiverem no restaurante para o jantar.  Quem encontrar o “Rei” na fatia, receberá um voucher do tradicional Filet Strogonoff para aproveitar em sua próxima ida ao restaurante. De tradição em tradição vale prestigiar a história, a gastronomia que miscigenou religiosidades, aquele momento único à mesa e suas brincadeiras pueris. Bravo, île, Bravo!

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