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OTA’s: Parceiras ou vilãs da hotelaria?

Entenda como as OTA’s podem favorecer o hoteleiro e a importância de se investir nos canais de distribuição.

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Foto: freepik

Recentemente, durante reunião de rotina em um dos hotéis que presto consultoria na gestão do negócio, analisei uma planilha dos custos diretos incidentes sobre as tarifas praticadas por aquele empreendimento. Não obstante à já pesada carga tributária, cuja reforma tramita atualmente no Congresso Nacional, observei o quanto o referido empreendimento comissiona por suas reservas feitas através das chamadas OTA’s (Online Travel Agencies) que já alguns anos tiram o sono de gestores da hotelaria.

Anteriormente à pandemia, época de processos digitais não tão consolidados como atualmente, já havia a discussão efervescente no meio hoteleiro: Como vender mais através dos canais próprios On e Offline? E assim, minimizar esta fatura pesada que chega pontualmente no mês posterior à produção de negócios efetivados através destes canais de distribuição.

Escassez de recursos para investimento em tecnologia

Na prática, a hotelaria nunca conseguiu equacionar este “problema”. Isso porque o avanço tecnológico daqueles que desenvolvem estas plataformas de e-commerce é muito mais rápido do que o desenvolvimento alcançado pelos próprios hotéis no desenho de seus portais, motores de reservas e nas estratégicas analógicas que dependem de pessoas.

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No período recessivo provocado pela pandemia estes recursos ficaram ainda mais escassos. Dessa maneira, esta batalha, já inglória antes, se tornou ainda mais fatídica para o segmento. Sob a minha ótica de observação, quando você não pode combater algo o ideal é unir forças.

Importância das OTA´s para a hotelaria

A vilanização das OTA’s cedeu. Atualmente, a hotelaria consegue conviver com suas margens e entende o valor agregado de ter seus negócios presentes nas vitrines Online. Estudos recentes realizados entre o público consumidor, atestam que 45% de todas os acessos ao perfil do hotel em canais de distribuição tradicionais como “Booking” e “Decolar” entre outros, ocorrem para consulta, visualização de fotos e leitura de avaliações de hóspedes anteriores. Para estar nesta vitrine o hotel não precisa despender recursos. Portanto a percepção de valor foi integrada de forma mais amigável junto aos hoteleiros. Então, hoje voltam suas atenções ao aprimoramento de suas interfaces internas (sistemas e ferramentas) que possibilitem uma comunicação sem ruídos com os canais.

Saber trabalhar seus canais de distribuição é estrategicamente fundamental para o bom desempenho de um empreendimento hoteleiro atualmente. Contudo, será cada vez mais daqui em diante. Ter um profissional dedicado a este trabalho é diferencial importante. Embora o mercado careça de pessoas com elevado grau de formação na área, é possível formá-lo internamente utilizando-se para isso a avaliação de talentos muitas vezes ocultos nas próprias equipes.

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As plataformas digitais vieram para ficar em inúmeras áreas do comércio eletrônico pois sua capilaridade e ilimitado alcance junto ao público consumidor são imbatíveis. A cada dia, segurança nas transações, tráfego de dados e valores, que aumenta a confiabilidade gerando assim um número crescente na efetivação de compras de hospedagens em janelas de vendas tanto as curtas como as mais longas (quando a hospedagem comprada será para data mais distante), permite que o hoteleiro enxergue com melhores olhos a parceria com as OTA’s.

Be ready!  

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.