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Performance hoteleira de BH no carnaval deixa lições importantes para os seus gestores

A capital mineira se tornou um destino competitivo para a folia do Carnaval, mas ainda é necessário melhorar as estratégias comerciais para tirar melhor proveito durante o período.

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Avenida Afonso Pena em Belo Horizonte (Foto: Ricardo Laf/ Flickr)

A Ocupação média dos hotéis de BH no período do Carnaval – 4 noites (sábado a quarta-feira) atingiu 71,36%, o que corresponde em torno de pouco mais de 17 mil hóspedes por dia, conforme apurado por minha consultoria através de coleta de dados no GGH (Grupo dos Gestores Hoteleiros), criado em 2016 e que hoje engloba 925 gestores de todo Brasil. Através deste interativo grupo, informações importantes, benchmark de fornecedores, divulgação de vagas de trabalho, melhores práticas e dados estatísticos são rotineiramente trocados entre todos os gestores.

“Inegavelmente o Carnaval de Belo Horizonte, como uma “Fênix”, renasceu nos últimos anos. Além de reter a população belo-horizontina na capital de todos os mineiros com suas atrações carnavalescas, vêm atraindo não só mineiros da capital e do interior, mas também brasileiros de diversas regiões do país” ressalta Marcos Valério Rocha (Coordenador Regional MG da FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação).

BH se tornou destino competitivo no Carnaval

É fato que o aumento do fluxo turístico no período momesco nestes últimos anos mudou a realidade da ocupação hoteleira de Belo Horizonte e região no período outrora de baixíssima procura.

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A uma década atrás a média de ocupação no período de Carnaval não atingia 20% da oferta hoteleira da capital e seu entorno. Há registros fotográficos de pessoas sentadas no meio da Avenida Afonso Pena (principal da cidade) em um dia ensolarado de Carnaval. A cidade ficava as moscas. Em uma década passamos de um mercado meramente emissor para um “player” competitivo no cenário nacional.

No entanto temos muito trabalho pela frente. Nossa janela de vendas ainda é curta (o folião decide vir a BH muito próximo do evento), nossos gestores precisam entender melhor como posicionarem-se em relação as estratégias comerciais e suas tarifas praticadas.

Entre a 5ª e 6ª feira que antecederam o evento os preços nas OTA’s (agências online) despencaram quase 50%. Outro dever de casa é adotar estratégias que retenham o visitante pelo período todo evitando assim a quebra de pacotes de 3 ou 4 diárias como ocorre nos destinos já amadurecidos do produto Carnaval. Por último porém não menos importante será o engajamento de todos os hoteleiros no compartilhamento de seus dados estatísticos básicos (taxa de ocupação e diária-média) para que o set competitivo consiga balizar seus resultados e assim traçar as melhores estratégias para eventos futuros.

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As principais redes por alegados “compliances” internos passaram a restringir seus gerentes quanto a divulgação de informações básicas que compõe o vital “market share”, que presenciamos em vários outros segmentos, como o Agrobusiness por exemplo, onde números da produção, variações dos preços de mercado e dos insumos são compartilhados.

Inventário da oferta hoteleira de Belo Horizonte/Nova Lima/Contagem/Betim/Lagoa Santa/Confins

  • Número total de Hotéis em operação = 139
  • Número de Hotéis com mais de 100 apartamentos = 53 hotéis
  • Número total de UHs (quartos) = 14.495
  • Número total de leitos (camas) = 24.640

“Estamos no caminho certo mas será preciso evoluirmos continuamente em busca da otimização de resultados”

Maarten Van Sluys (Consultor Estratégico em Hotelaria – MVS Consultoria)

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e-mail:  mvsluys@gmail.com

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.