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Solidariedade de hoteleiros de todo o país diante da tragédia no Rio Grande do Sul

Hoteleiros se mobilizam para ajudar as vítimas no Sul, além de disponibilizarem quartos para voluntários e socorristas.

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Foto: Radisson Barra RJ

Uma extensa rede de apoio da hotelaria se formou por todo Brasil devido às enchentes sem precedentes ocorridas no Rio Grande do Sul. De norte a sul do país se formaram correntes solidárias entre gestores dos hotéis de rede e independentes, envolvendo também suas equipes, visando angariar recursos financeiros e doações para as vítimas. “É ótimo vermos tantas empresas demonstrando solidariedade junto aos nossos pares atingidos por tamanha tragédia” pontua Flávia Araújo, Presidente da ABIH-MG.

Entre inúmeras outras redes, a San Diego Hotéis sediada em Belo Horizonte atua de maneira empática junto aos gaúchos. “Essa atitude ajuda a fortalecer os laços entre as comunidades e todo setor hoteleiro” lembra Simonal Dias, Superintendente da Rede. Os hotéis San Diego BH Lourdes, BH Pampulha, Governador Valadares, Sete Lagoas e Ipatinga iluminam suas fachadas com as cores do Rio Grande do Sul além de serem pontos de coleta de doações de roupas de cama, mesa e banho, água mineral, fraldas descartáveis, itens de higiene pessoal, roupas, calçados além de alimentos não perecíveis.

Solidariedade em meio à tragédia

Em Porto Alegre centenas de quartos, em mais de 50 hotéis, são oferecidos aos socorristas voluntários que chegam à cidade para colaborar nos resgates aos desabrigados. Quem necessitar de acolhimento deve procurar o Sindha (Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região) no telefone (51) 3225-3300.

O segmento também disponibiliza hospedagem em hotéis da Região Metropolitana da capital gaúcha, Serra e no interior do Estado. Gabriela Schwan, CEO da Swan Hotéis, conta que a hotelaria gaúcha iniciou imediatamente ações de mobilização de ajuda às vítimas. Os hotéis oferecem parte de seu inventário para receber oficiais das Forças Armadas, Bombeiros, Defesa Civil entre outros profissionais que estão na linha de frente dos resgates.

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“Entramos em contato com associações hoteleiras do estado e com o FOHB, que ajudou a reunir esse inventário. Muitos hotéis não podem ajudar, pois estão lotados ou ilhados. Empreendimentos em Porto Alegre, Canoas e Eldorado do Sul estão com água em seus andares, destruídos e com perda de alimentos”, lamenta a executiva. Gabriela salienta que as estradas estão interrompidas, com cidades sem acesso devido ao mar de lama que se formou. “Apenas barcos e caminhões do Exército conseguem passar. O aeroporto de Caxias do Sul está funcionando por onde chegam doações e o aeroporto de Canela também é uma alternativa”.

Mesmo com a massificação dos esforços, o Rio Grande do Sul pede doações e mais ajuda do Governo Federal. No dia 3 de maio, Celso Sabino, Ministro do Turismo, comunicou a liberação de R$ 100 milhões iniciais para empreendedores do setor afetados pelas enchentes. O crédito será disponibilizado de modo emergencial, por meio do FUNGETUR (Novo Fundo Geral de Turismo), programa direcionado, principalmente, para micro, pequenas e médias empresas do país. Os recursos poderão beneficiar meios de hospedagem, agências de turismo, transportadoras turísticas, organizadores de eventos, parques temáticos, campings, restaurantes, cafeterias, bares e similares registrados no Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos).

Cada um faz o que pode

A Marriott Hotels também mobiliza seus gerentes gerais de todo o país para arrecadar doações para as vítimas do Rio Grande do Sul.

Pollyana Mendes, Gerente Geral do Hotel Radisson na Barra da Tijuca (RJ) mobilizou toda equipe do hotel e até da vizinhança. “Nosso hotel foi ponto de coleta, recebemos mais de 30kg em doações de remédios, fraldas e itens de higiene pessoal. Fizemos as arrecadações e recebemos muitos donativos também de nossa vizinhança além dos funcionários do Radisson. Foi maravilhoso !”

A Laghetto Hotéis rede com sede em Gramado, viu a crise abalar seus negócios antes mesmo das águas caírem no rio Guaíba em Porto Alegre. Isso porque boa parte de sua operação está na Serra Gaúcha, onde os piores momentos das tempestades ocorreram.

A empresa tem hotéis em Gramado, Canela, Bento Gonçalves, Rio Grande e Porto Alegre. Neste momento enfrentam duas situações distintas. A primeira é que há hóspedes que chegaram antes da crise começar e agora estão presos porque não conseguem voos para voltar a seus destinos, visto que o principal aeroporto do Estado está fechado, e deverá continuar assim pelo menos até 30 de maio. A segunda é uma onda de cancelamentos e tentativas de remarcações de quem estava prestes a chegar. “Existe uma grande campanha para as pessoas remarcarem suas viagens e não as cancelarem”, diz Cristiane Mörs, diretora de Vendas e Marketing da Laghetto.

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Mediante solicitação dos clientes a rede cancela as reservas sem cobrança de multas, devolve valores pagos ou fornece carta de crédito. A rede de hotéis também se mobilizou para ajudar. A empresa liberou os quartos para voluntários que estão ajudando nos resgates. A ação, porém, está andando de lado já que alguns hotéis da rede, como uma das duas operações em Porto Alegre, estão sem água e cortes de energia elétrica acontecendo frequentemente. 

“Solidariedade: Palavra forte que expressa o amor ao próximo – qualidade latente das pessoas generosas”

Maarten Van Sluys (Consultor Estratégico em Hotelaria – MVS Consultoria)

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