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Acessibilidade e inclusão no turismo: desafios e oportunidades

Saiba como se tornar realmente acessível e inclusivo e os benefícios que essas atitude trará ao seu negócio.

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Em um mundo onde a diversidade é a norma, o turismo acessível e inclusivo emerge como uma demanda crescente. Em Minas Gerais, estado conhecido por sua rica história e beleza natural, esse conceito está ganhando destaque, abrindo portas para uma experiência turística verdadeiramente para todos. Neste artigo, exploraremos o que significa acessibilidade, como ela se aplica ao turismo e como empreendedores podem promover a inclusão em seus negócios.

O significado de acessibilidade e inclusão

Ao contrário de uma percepção superficial, acessibilidade e inclusão vão além de simples rampas e sinais em braile. Significam garantir que todas as pessoas, sem exceção, tenham acesso a locais, informações e serviços, proporcionando autonomia, conforto e segurança.

A acessibilidade no turismo, além de ser uma alternativa de promover a igualdade de oportunidades, a solidariedade e o exercício de cidadania, é um tema que precisa ser tratado de forma inovadora, seja por sua capacidade de geração de negócios e de renda, seja por sua importância competitiva para o setor turístico.

Um destino turístico deve combinar cultura, história, belezas naturais e, também, inclusão. Justamente por isso, o turismo inclusivo tem ganhado destaque, oferecendo oportunidades para pessoas com deficiência explorarem o mundo de maneira acessível e significativa. A tendência não beneficia apenas os viajantes, mas também transforma comunidades e setores turísticos, criando uma sociedade mais inclusiva e justa.

Impacto econômico positivo

O turismo inclusivo começa com a garantia de que os destinos, as atrações turísticas e os serviços sejam acessíveis a todos. Isso envolve infraestrutura adaptada, transporte acessível, especificações e programas de treinamento para o pessoal do setor.

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Nessa cadeia, a acessibilidade não beneficia apenas pessoas com deficiência, mas também idosos, famílias com crianças pequenas e demais viajantes que buscam um destino consciente, o que gera um impacto econômico positivo.  Ele atrai um público mais amplo e diversificado, o que beneficia os destinos e a indústria do turismo em geral. Assim, inclusão de pessoas com deficiência e suas famílias cria um mercado significativo e em crescimento.

Locais genuinamente acessíveis e inclusivos devem contar com:

  1. Informações visíveis e legíveis: placas, letreiros e panfletos que atendem a diferentes necessidades visuais.
  2. Apoio a deficiência física: corrimões, rampas e barras de apoio para facilitar a circulação de pessoas com deficiência física.
  3. Apoio a deficiência sensorial: textos em braile, informações em libras e outras práticas que beneficiam pessoas com deficiência auditiva, visual ou mental.
  4. Ambientes propícios a diversas condições: consideração para a circulação de pessoas obesas, com sobrepeso, idosos, gestantes e crianças menores de 5 anos.

Desafios e responsabilidades

Entretanto, a implementação efetiva de práticas acessíveis no turismo enfrenta desafios, especialmente no Brasil, onde a falta de infraestrutura e políticas públicas eficazes impacta a experiência de milhões de pessoas. Esses desafios podem incluir:

  • Amadorismo no setor turístico: A falta de profissionalismo pode dificultar a implementação de práticas acessíveis e inclusivas.
  • Falta de políticas eficazes: a ausência de políticas públicas robustas voltadas para a acessibilidade no turismo contribui para a exclusão.
  • Deficiências infra estruturais e educacionais: a falta de estrutura adequada e educação sobre as necessidades das pessoas com deficiência representa um obstáculo significativo.

Apesar desses desafios, é possível melhorar a acessibilidade no turismo brasileiro, e Minas Gerais tem a oportunidade de liderar essa transformação.

Responsabilidades no turismo acessível

A responsabilidade por garantir acessibilidade e inclusão no turismo é compartilhada entre atores públicos e privados no mercado turístico. Conforme estabelecido pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, governos e entidades relacionadas têm o dever de garantir o cumprimento de leis e políticas públicas voltadas à acessibilidade e inclusão.

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O Ministério do Turismo, visando orientar entidades e empreendedores do turismo brasileiro, lançou o Programa Turismo Acessível, que oferece diretrizes essenciais relacionadas à acessibilidade e inclusão. É possível encontrar cartilhas e outros materiais com diversas informações no site do Programa Turismo Acessível, inclusive direitos da pessoa com deficiência e oportunidades para estabelecimentos, como capacitações, linhas de crédito entre outros.

Promovendo acessibilidade e inclusão como empreendedor do turismo

A implementação do turismo inclusivo não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma estratégia de negócios inteligente. Empresas que adotam práticas inclusivas se destacam no mercado, ganhando a preferência de consumidores conscientes e promovendo uma imagem positiva da marca.

Oportunidades

  1. Ampliação do mercado: ao tornar seus serviços acessíveis a todos, as empresas do setor turístico podem ampliar seu mercado. Famílias, grupos de amigos e viajantes individuais que antes se sentiam excluídos encontrarão no estado uma opção acolhedora e inclusiva.
  2. Diferencial competitivo: em um mercado cada vez mais competitivo, oferecer uma experiência inclusiva pode ser um diferencial significativo. Turistas estão cada vez mais atentos às práticas de responsabilidade social das empresas, e aquelas que demonstram um compromisso genuíno com a inclusão ganham pontos positivos.
  3. Fidelização de clientes: a experiência de um turista em Minas Gerais não se resume apenas ao local visitado, mas também à forma como é tratado durante sua estadia. Empresas que proporcionam uma experiência positiva e inclusiva têm maior probabilidade de conquistar a fidelidade de seus clientes, que se tornam defensores da marca.

Dicas para empresas abraçarem o turismo inclusivo

  1. Avaliação de acessibilidade: faça uma avaliação detalhada da acessibilidade em suas instalações. Identifique áreas que podem ser melhoradas para atender a diferentes necessidades, desde rampas de acesso até banheiros adaptados.
  2. Treinamento contínuo: mantenha seus funcionários bem treinados e atualizados sobre práticas inclusivas. Isso inclui conhecimento sobre diferentes tipos de deficiência, linguagem inclusiva e empatia para proporcionar um atendimento acolhedor.
  3. Parcerias estratégicas: colabore com organizações locais que promovem a inclusão. Isso pode incluir parcerias com instituições de apoio a pessoas com deficiência, garantindo uma abordagem autêntica e significativa.

Promover acessibilidade e inclusão no turismo não é apenas uma obrigação legal, é um gesto de humanidade que enriquece não apenas o turismo, mas toda a sociedade. Ao abrir as portas para todos, Minas Gerais pode se tornar um destino turístico verdadeiramente inclusivo, oferecendo experiências enriquecedoras para todos os visitantes.

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Assim, estamos diante de uma oportunidade emocionante para se destacar no cenário do turismo, abraçando a diversidade e a inclusão. Ao adotar práticas e políticas inclusivas, as empresas do setor não só contribuem para uma sociedade mais justa, mas também colhem os benefícios de um mercado mais amplo e leal. Que essa jornada inclusiva seja não apenas uma tendência, mas uma nova e inspiradora realidade para todos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.