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Depois do Dia das Crianças, e as viagens das mães?
Por que viagens solo ajudam mulheres mães a descansar, relaxar e se reconectar com sua identidade para além da maternidade?
Na minha última publicação, falei sobre o Dia das Crianças e a importância das experiências, passeios e viagens para os pequenos e para a família. Logo após o texto, recebi mensagens de algumas mães dizendo: “Quem quer uma viagem sou eu!”. E aquilo ficou ecoando em mim. Sim, as mães também querem — e precisam — de viagens só para elas.
Já não é novidade o movimento das viagens pré-casamento com madrinhas, que têm aquecido o mercado do turismo. Há destinos e agências especializadas nesse nicho, oferecendo roteiros exclusivos, kits de roupas e até acessórios personalizados para fotos.
Pesquisas recentes também indicam que as mulheres, de modo geral, são maioria entre os turistas em estados como Minas Gerais e têm um papel cada vez mais ativo no planejamento e na realização das viagens.
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Outro perfil de viajante que vem ganhando espaço é o das pessoas em buscam de descanso. Surgem os retiros voltados ao relaxamento e o chamado “turismo do sono”, em que as pessoas incluindo as mães, privadas de descanso escolhem hotéis com menus de travesseiros ou experiências focadas no bem-estar e no dormir bem.
Entretanto, para uma mãe viajar, é preciso alinhar muitos fatores: como quem ficará com a criança, quem cuidará da rotina e como se desconectar das preocupações diárias. É um verdadeiro desafio logístico e emocional.
E vale destacar: não é apenas o descanso que move essas mulheres. Existem mães trilheiras, aventureiras, apaixonadas por praia, cultura ou gastronomia. Após uma pesquisa aprofundada, não encontrei estudos acadêmicos que tratem especificamente da mãe viajante — seu perfil, suas motivações e necessidades.
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Enquanto o turismo em família já tem espaço consolidado nas pesquisas acadêmicas, e para o mercado de turismo, surge agora uma nova demanda: a da mulher-mãe que deseja viajar por si, para se reconectar e redescobrir sua identidade além da maternidade.
A viagem pode ser, para a mãe, muito mais do que uma pausa na rotina. É um reencontro consigo mesma, um respiro entre tantas responsabilidades e uma forma de lembrar que, antes de ser mãe, ela é mulher, sonhadora e viajante.
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