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Iniciativas que tornam o Turismo de Aventura mais inclusivo no Brasil
Associadas da Abeta, Rede dos Sonhos e Raft Adventure Park lideram projetos inovadores em acessibilidade
Mais da metade (53,5%) dos turistas com deficiência deixaram de viajar para destinos nacionais devido à falta de acessibilidade, segundo um estudo realizado pelo Ministério do Turismo divulgado em abril de 2023. Essa realidade desafia o setor a repensar suas práticas, impulsionando iniciativas que promovam inclusão e garantam experiências seguras e inesquecíveis para todos. No Brasil, onde cerca de 17 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência, empresas do setor têm se destacado por criar soluções que integram acessibilidade ao turismo de aventura.
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A Rede dos Sonhos Hotéis Fazenda, com mais de 25 anos de atuação, é pioneira em turismo acessível no Brasil. Suas propriedades em Socorro, São Paulo e Bueno Brandão, Minas Gerais oferecem rampas de acesso, banheiros adaptados e equipamentos exclusivos, como cadeiras para atividades de aventura, incluindo tirolesa, rafting e boia-cross. Além disso, as trilhas e áreas comuns foram projetadas para atender pessoas com mobilidade reduzida.
Raphael Schiavoni, gerente de marketing da Rede dos Sonhos, reforça que a inclusão é um dos principais valores da empresa, permitindo que o turismo de aventura seja uma experiência democrática. Para ele, oferecer acessibilidade não é apenas uma obrigação, mas uma oportunidade de transformar vidas e inspirar outras empresas a seguirem o mesmo caminho. “A acessibilidade é um processo contínuo. Estamos sempre ouvindo nossos hóspedes e parceiros para aprimorar nossas práticas”, ressalta.
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Outro exemplo é a Raft Adventure Park, em Três Coroas, Rio Grande do Sul, que organiza o evento Camping Acessível. Desde 2019, a iniciativa reúne mais de 150 voluntários e ONGs para proporcionar um dia repleto de atividades de aventura a pessoas com deficiência e seus familiares.
Sócia do parque, Teriana Gandelim Selbach destaca que o evento, que terá sua 6ª edição em 2025, é um exemplo de como a união do setor pode criar soluções acessíveis. “Oferecer essas experiências é uma forma de garantir igualdade e mostrar que o turismo de aventura é seguro e inclusivo. Nosso trabalho inspira outras empresas a adaptarem suas práticas”, comenta.
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Essas iniciativas refletem o potencial transformador da acessibilidade no turismo. Luiz Del Vigna, diretor executivo da Abeta (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), afirma que investir em práticas inclusivas fortalece o setor e amplia o público-alvo das empresas. “A acessibilidade é um pilar essencial para o desenvolvimento sustentável do turismo. Ela conecta pessoas, promove igualdade e reforça o compromisso do setor com uma sociedade mais justa e inclusiva”, destaca.
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