Rio de Janeiro tem praias para banho fora das tradicionais rotas
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Rio de Janeiro tem praias próprias para banho fora da tradicional rota turística

Novo fôlego para as praias cariocas: melhorias no saneamento impulsionam turismo e lazer no Rio

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A Praia do Flamendo tem estado própria para banho com frequência, desde 2023 (Foto: divulgação Águas do Rio)

Uma união de natureza e metrópole. Uma mistura de prédios com praias, bares, florestas urbanas, praças, morros e montanhas, museus, carros e bicicletas. O Rio de Janeiro tem uma junção de elementos que faz com que a Cidade Maravilhosa já seja consolidada, dentro e fora do país, como o mais famoso destino turístico brasileiro. Só no primeiro trimestre de 2025, o verão atraiu milhares de estrangeiros, que movimentaram R$ 2,1 bilhões, segundo estimativas da prefeitura. Nas areias de Ipanema e Copacabana, o som é de muitos sotaques e idiomas.

E se é o mar e o sol que o turista procura, a boa notícia é que o Rio de Janeiro vem adicionando novos espaços ao catálogo de seu balneário. Há dois anos, um dos cenários mais bonitos do território carioca voltou a ser point de banhistas depois de décadas. Banhada pelas águas da Baía de Guanabara e agraciada pela vista do Pão de Açúcar de um lado e do Cristo Redentor do outro, a Praia do Flamengo, desde 2023, tem estado própria para banho com frequência, segundo atestam os boletins de balneabilidade do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Bem ali pertinho, a Prainha da Glória também se tornou refúgio de visitantes que desejam curtir uma praia mais tranquila. Mas, além das pessoas que passaram a ocupar o local, outras frequentadoras são vistas com frequência por ali: as tartarugas marinhas. Pelo mesmo caminho vai a Praia de Botafogo, que fechou o mês de maio com seguidos relatórios de balneabilidade.

Tartarugas marinhas já podem ser vistas na Prainha da Glória (Foto: Ricardo Gomes/ Instituto Mar Urbano)

A melhoria da qualidade da água dessa parte da Baía de Guanabara é resultado de avanços importantes no saneamento básico da Zona Sul da capital. Recuperação de tubulações, estações de bombeamento, além da fiscalização do despejo irregular de esgoto nas redes pluviais que deságuam nas praias. Desde o final de 2021, quando a Águas do Rio assumiu os serviços de água e esgoto em 27 cidades fluminenses, o trabalho da concessionária está focado em devolver espaços antes perdidos para a poluição.

“O saneamento básico tem um papel muito importante nas cidades, mas nem todo mundo sabe do impacto ambiental que ele pode causar caso não aconteça a destinação adequada do esgoto. As reformas e modernizações do sistema de esgotamento sanitário, junto às ações de fiscalização, é o que está devolvendo essas praias para a população”, explica Renan Mendonça, diretor executivo da Águas do Rio. “Esse trabalho está sendo feito de forma gradual e abrangerá todo o território onde atuamos. Ao longo dos próximos anos, ainda veremos outras praias da baía sendo devolvidas aos cariocas”, completa.

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Com as intervenções da concessionária, a Baía de Guanabara já deixa de receber, diariamente, mais de 100 milhões de litros de água contaminada com esgoto. Ganham os turistas, que têm novas praias para conhecer, e ganham os moradores da cidade, com espaços revitalizados para o lazer e a prática de esportes.

Novo point para os surfistas no Rio de Janeiro

Mais à frente, ainda na Zona Sul carioca, uma nova opção para os surfistas emerge na orla da cidade. A Praia de São Conrado, com ondas mais atrativas para quem se equilibra na prancha, teve o tempo de balneabilidade aumentado de forma expressiva. Segundo o Inea, o local, que estava próprio para banho em 42% do tempo em 2020, passou para 76% em 2024 — isso significa que, no período usado como comparação, o salto de qualidade foi de cerca de 81%.

Praia de São Conrado atrai os surfistas (Foto: divulgação Águas do Rio)

De janeiro a abril deste ano, a praia seguiu com índices importantes: ficou balneável em 75% do tempo. A melhora do local também é reflexo de intervenções da Águas do Rio no sistema de esgotamento sanitário do bairro e da Rocinha, onde vivem mais de 100 mil moradores. Desde o final de 2021, mais de 5 bilhões de litros de esgoto deixaram de ser despejados no mar a cada ano — o equivalente a 2 mil piscinas olímpicas de água contaminada.

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Marcelo de Farias, de 48 anos, surfa na praia de São Conrado desde a infância. Morador da Rocinha e proprietário de um quiosque na orla, o administrador do perfil no Instagram “Salvemos São Conrado” é responsável por atualizar moradores e outros surfistas sobre a qualidade da água, além de avisar se o mar está propício para praticar o esporte. Nos últimos anos, ele percebeu uma melhora considerável na qualidade da água da praia, o que vem chamando a atenção de todos.

“Surfo aqui desde criança e vi a praia se degradar com o esgoto e o lixo. Mas todo mundo aqui percebeu a melhora. Vi de perto equipes da Águas do Rio trabalhando nas elevatórias e vejo sempre manutenções constantes no sistema, antes abandonado”, conta ele, lembrando ainda da importância das pessoas se conscientizarem sobre o descarte correto do lixo. “A concessionária está fazendo a parte dela sobre o esgoto, e as pessoas precisam fazer as delas. Desta maneira a praia ficará livre de poluição”, finaliza.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.