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Samba do Arco agita o Viaduto Santa Tereza nesta segunda (12)

Nesta segunda (12), o evento realiza o Samba da Abolição, uma roda especial em memória ao 13 de maio, data que reverbera a resistência por meio das referências que a história insiste em não contar.

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O Samba do Arco se firma como um projeto cultural que une arte e ação (Foto: @acervoprojetogis)

O Samba do Arco é uma roda de samba que nasce do chão e da força coletiva. Criado em setembro de 2024, o projeto transforma o espaço público em ponto de encontro, celebração e resistência da cultura popular na capital mineira. O evento ocupa quinzenalmente as segundas feiras o Viaduto Santa Tereza, um dos marcos simbólicos da vida cultural de Belo Horizonte, a roda reúne artistas da nova e velha guarda do samba local, sobretudo através da solidariedade, promove o encontro e troca entre gerações e saberes.

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Mais do que música, o Samba do Arco é um território de afirmação continua. Um espaço onde o samba é vivido como expressão política, cultural e afetiva. Feito de forma autônoma e colaborativa, o projeto convida o público a ocupar com consciência e responsabilidade: consumir os produtos da roda é um gesto de apoio direto à sua permanência.

A roda é construída com princípios claros: o cuidado mútuo, o respeito aos corpos, à diversidade e às tradições do samba. “Um cuida do outro” e “não é não” não são apenas frases de efeito — são compromissos com um ambiente seguro, acolhedor e coletivo.

Ao valorizar os artistas locais e estimular a preservação do samba em Minas Gerais, o Samba do Arco se firma como um projeto cultural que une arte e ação. Ocupa o espaço urbano não como exceção, mas como direito. E convida o público a dançar, cantar e resistir junto.

Samba da Abolição

Nesta segunda-feira, dia 12 de maio, o samba acontece mais uma vez trazendo memória, resistência e desejo de continuar lutando pela abolição.

Samba do Arco convida para o Samba da Abolição (Foto: Divulgação)

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O solo brasileiro se formou através de amalgamas, estruturas e mecanismos escravistas compostos de sangue e suor do povo negro escravizado. De lá até aqui, mãos negras são responsáveis por construir e carregar uma pátria que até hoje não reconhece a sua importância. Sem trégua e mesmo com tantos desafios é de crucial importância ressaltar que este mesmo solo foi e é, também composto de luta, resistência e de um desejo incansável de LIBERDADE.

Atento, o Samba do Arco se veste com as “roupas e as armas de Jorge” para denunciar e acabar com estas ferramentas de controle e perpetuação das desigualdades no mundo.
Para reverenciar os que vieram antes e saudar os heróis e heroínas do povo negro com muita celebração, o evento convida para o SAMBA DA ABOLIÇÃO — uma roda especial em memória do 13 de maio, data que reverbera a resistência por meio das referências que a história insiste em não contar.

O ato institucional do Estado de abolir a escravatura, aconteceu em 13 de maio de 1888, porém não acabou com as desigualdades e muito menos com o racismo no Brasil. Velado, o racismo contemporâneo se faz presente nas segregações dentro mercado de trabalho, educação, saúde, no sistema de justiça. O 13 de maio é um grito negro contra o apagamento histórico dos verdadeiros heróis, negros e negras, na intolerância religiosa contra as nossas religiões de matriz africanas e nas periferias onde as “balas perdidas” só encontram corpos negros.

Para mais informações acesse o Instagram @sambadoarco_bh

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Samba do Arco
Dia: segunda-feira (12 de maio)
Horário:
A partir das 17h
Local: Debaixo do Viaduto Santa Tereza
Evento gratuito

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.