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Terminou neste sábado (21) o encontro do G20 Turismo, em Belém

O último encontro do grupo aconteceu em Belém (PA) e reuniu ministros das 20 maiores economias do planeta, além de países convidados

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(Foto: Roberto Castro e Uchôa Silva / MTur)

Terminou neste sábado (21) o encontro do G20 Turismo, grupo formado por líderes das 20 maiores economias do mundo. Na ocasião foi aprovada a “Declaração de Belém”, aprovada por unanimidade e que marca o encerramento da presidência brasileira do G20 Turismo. O documento estabelece entre as premissas para o desenvolvimento turístico mundial garantir um maior protagonismo à sustentabilidade; à qualificação profissional e ao investimento em infraestrutura.

Os líderes também propõem uma abordagem colaborativa entre governos, setor privado e comunidades locais para impulsionar a atividade turística de forma responsável e resiliente, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Presidido pelo ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino, o encontro de autoridades do G20 deste sábado teve a presença de 44 delegações de vários países membros e representantes de organizações internacionais, além de convidados. O evento finalizou com um ciclo de reuniões técnicas iniciado em fevereiro de 2024 e que teve agendas em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ).

“Fizemos um belo trabalho, com muito esforço, capacidade técnica, cooperação e que entrega não só ao G20, mas também ao mundo uma proposta de modelo de desenvolvimento econômico aliado ao turismo, que irá trazer mais oportunidades, mais cooperação, mais amizade e, sobretudo, mais sustentabilidade”, apontou o ministro Celso Sabino na abertura do encontro.

De modo a manter um planeta sustentável para as próximas gerações, o documento indica fortemente a necessidade de investimentos coletivos direcionados à sustentabilidade do setor. “O mundo vive um processo de transformação climática, e o turismo irá levar desenvolvimento econômico, perspectivas melhores de vida, além de contribuir para a preservação do meio ambiente. O turismo garantirá um futuro melhor às próximas gerações”, completou Celso Sabino.

EIXOS PRIORITÁRIOS – O Grupo de Trabalho do G20 Turismo definiu quatro eixos principais: sustentabilidade no turismo; gestão de informações; cooperação internacional e o turismo como impulsionador da economia.

As diretrizes contemplam medidas em áreas críticas identificadas pelos integrantes do G20, com ênfase na necessidade de cooperação multilateral para enfrentar desafios como a recuperação pós-pandemia de Covid-19 e a adaptação às mudanças climáticas.

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Um dos destaques da reunião foi a apresentação do “Dashboard de Melhores Práticas”, uma plataforma criada com o objetivo de compartilhar iniciativas de sucesso, reforçando a importância de ações conjuntas para a promoção do turismo sustentável. Desde a sua implementação, a ferramenta dobrou o número de estudos de caso, mostrando o impacto positivo da colaboração internacional.

CAPACITAÇÃO – Outro ponto central da “Declaração de Belém” é o compromisso com a educação e a qualificação profissional no setor turístico. O relatório apresentado identificou a formação contínua como um dos maiores desafios para garantir a excelência e a adaptabilidade do ramo.

A ONU Turismo, representada na reunião pelo secretário-geral da entidade, Zurab Pololikashvili, destacou seu compromisso com programas de educação e de atração de investimentos, buscando capacitar trabalhadores e impulsionar o turismo como vetor de desenvolvimento socioeconômico.

Também foram expostas recomendações para o acesso a linhas de financiamento de instituições internacionais e bancos multilaterais, focadas em quatro áreas prioritárias: resiliência climática, desenvolvimento social, criação de novos produtos turísticos em comunidades locais e infraestrutura compartilhada. Essas ações buscam assegurar que o turismo alcance seu pleno potencial, gerando crescimento econômico e prosperidade compartilhada.

O desafio do turismo no Brasil

Vale ressaltar, que apesar das boas iniciativas globais, quando se fala do turismo acontecendo na ponta essas diretrizes não chegam com a força que deveriam chegar. Primeiramente, é importante avaliar que ainda que as iniciativas de sustentabilidade, capacitação, gestão de informações e cooperação internacional sejam muito importantes, o Brasil possui problemas estruturais que atrasam o desenvolvimento do setor.

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Embora sejam prioridades setoriais, enfrentamos no dia a dia problemas graves nas rodovias brasileiras, conectividade aérea, educação de base, segurança pública e até saneamento básico. Obviamente que o turismo se configura como uma excelente alternativa de desenvolvimento econômico e social para grandes centros e pequenas comunidades, mas iniciativas mais elaboradas precisam de um investimento prévio no básico.

Agora é importante acompanhar se os destinos brasileiros, setores público e privado, serão capazes de implementar as demandas da “Declaração de Belém” com estratégia e eficácia, colaborando não apenas para o desenvolvimento do setor, mas da população como um todo.

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