Palácio Douro renova a oferta turística de Ouro Preto
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Palácio Douro renova a oferta turística de Ouro Preto com experiência histórica e imersiva

Descubra o casarão de 1705, minas visitáveis e experiência multissensorial que une história, arte e gastronomia na cidade histórica de Minas

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Anna Maria Toledo é a entrevistada deste episódio (Foto: Uai Turismo)

O podcast Uai Turismo entrevista Ana Maria Toledo, museóloga e coordenadora do Centro Cultural Palácio Douro, novo atrativo de Ouro Preto, Minas Gerais, que aposta em inovação num destino consolidado. A entrevista detalha a restauração de 15 anos de um dos primeiros casarões da cidade (c. 1705) e a abertura de um complexo que reúne residência histórica, estruturas defensivas e sítio de mineração, a apenas 800 metros da Praça Tiradentes.

Datado do início do século XVIII, o palácio preserva sistemas construtivos originais — paredes em pau‑a‑pique, estruturas de madeira sem ferragens através de encaixes, telhado colonial e pinturas decorativas recuperadas por prospecção. Nos jardins em encosta foram mapeadas mais de 60 minas. Uma delas, a Mina do Pascoal, está aberta à visitação, com galerias em arco e veio aurífero visível. Entre as descobertas, destaca-se uma estrutura de “mundel” (beneficiamento do ouro), apontada por estudiosos como única, além de seteiras e pontos de guarda que conferem caráter de forte à casa.

A narrativa histórica percorre antigos moradores, do minerador Pascoal da Silva Guimarães ao Visconde de Caeté e ao Barão de Saramenha. No século XX, a família Corrêa de Araújo marcou o endereço: Pedro Luiz Corrêa de Araújo manteve vínculos com a Semana de Arte Moderna de 1922 e artistas como Tarsila do Amaral, Oswald e Mário de Andrade. A família Toledo, ligada ao comércio de antiguidades, adquiriu o imóvel em 2008 e conduziu a obra com mão de obra 100% mineira.

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A visita é mediada, em grupos de até 12 pessoas, e dura de 1h30 a 2h. O percurso é multissensorial: aromas, sons, degustações, parede de pigmentos para toque e vistas panorâmicas que alcançam até nove igrejas. Duas senzalas — doméstica e externa — são tratadas como espaços de memória sensível, com três eixos curatoriais: trabalho e saberes trazidos por pessoas escravizadas (mineração, carpintaria, ourivesaria, medicina), punição/tortura e religiosidade/sincretismo com o catolicismo.

O ingresso custa R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia). Há cafeteria com produtos mineiros — como a goiabada cascão de São Bartolomeu que é patrimônio imaterial de Minas Gerais. O Palácio Douro já entre os mais bem avaliados do TripAdvisor. Confira a entrevista completa no link acima.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.