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Centenário do Hotel Copacabana Palace

Conheça a história do mais icônico hotel do Rio de Janeiro.

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Foto: willsmith11/ flickr

No último domingo (dia 13 de agosto) a exatos 100 anos era inaugurado o “divisor de águas” da hotelaria brasileira. Pelas mãos do visionário empresário Octávio Guinle e atendendo a uma demanda do então Presidente da República Epitácio Pessoa, que concedeu incentivos fiscais e autorizou a concessão do Cassino a ser lá instalado, o Copacabana Palace abria suas portas!

Projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire (o mesmo do Hotel Carlton em Cannes), o hotel iniciou suas obras em 1919 e deveria estar pronto para as comemorações do Centenário da Independência do Brasil em 1922. Uma forte ressaca na Praia de Copacabana cujo calçadão tinha sido alargado 3 anos antes e atrasos na chegada de mármores e cristais impediu o cumprimento do cronograma. O presidente posterior, Arthur Bernardes tentou cassar a licença do hotel-cassino pomposamente situado à Avenida Atlântica 1.702 porém, a família Guinle obteve ganho da causa judicial e o hotel consolidou sua fama e manteve o glamour recebendo nas três décadas seguintes os mais importantes visitantes da então Capital da República.

Uma nova fase para o Copacabana Palace

Após a proibição do jogo no Brasil em 1946 o cassino foi convertido em um espaço de espetáculos e o anexo foi construído. Anos mais tarde, com a fundação de Brasília, o “Copa” passou por nova fase difícil, nesta época já sob a batuta do mais badalado playboy do Brasil, o herdeiro Jorginho Guinle. No auge da crise, pasmem, quase foi demolido em 1985!

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Hoje tombado, o hotel, charme absoluto da “Princesinha do Mar” – Copacabana, oferece 239 espaçosos quartos e suítes. Ao longo de sua existência incorporou seu icônico Anexo onde estão o “Golden Room” (onde funcionava o Cassino) e o Pérgula (Bar/Restaurante/Lounge), onde por décadas a elite social e política carioca se reunia.

Celebridades que assinaram seu livro

Entre as celebridades que assinaram seu Livro de Ouro estão: Einstein, Orson Welles, Walt Disney, Rita Hayworth, Santos Dumont, Lady Di, Nelson Mandela, Paul McCartney, Mick Jagger, Madonna entre outros incontáveis nomes. Seu mais notável “embaixador” foi sem dúvida o colunista social Ibrahim Sued que por algumas décadas teve espaço cativo a beira da icônica piscina do “Copa” de onde escrevia suas bem humoradas colunas diárias e registrava atentamente a presença das celebridades que ali circulavam. Autor de bordões conhecidos por todos os cariocas como: “Bomba, bomba”, “Olho vivo, cavalo não desce escada” e “Bola branca, bola preta” entre tantas outras, Ibrahim, falecido em 1995 hoje está eternizado com uma estátua de bronze em tamanho natural inaugurada em 2003 em frente à entrada principal do hotel.

Novos donos

Em 1989 a família Guinle vendeu o patrimônio ao Grupo Orient Express, hoje pertencente ao Grupo LVMH (Moet Hennessy Louis Vuitton) do herdeiro do estilista Christian Dior. Adquirido por 3,2 bilhões de Dólares passou por grandes reformas estruturais ostentando atualmente a grife Belmond (marca de luxo com 25 hotéis no mundo, entre eles o igualmente prestigiado Hotel das Cataratas em Foz do Iguaçu).

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Inúmeras vezes agraciado com o World Travel Award como o melhor hotel da América do Sul o Copacabana Palace enche de orgulho seus atuais proprietários, seus quase 200 funcionários e também aqueles que já trabalharam no hotel, como nossa amiga Roberta Guimarães Werner, atualmente, diretora executiva do Rio Convention & Visitors Bureau. Roberta deu seus primeiros passos na hotelaria como estagiária de Recepção do “Copa”, aos 18 anos ainda na década de 1990.

Em entrevista a um jornal de grande circulação do Rio neste último final de semana, Roberta relembrou histórias e aprendizados que somente um hotel da envergadura do “Copa” podem proporcionar aos seus colaboradores, em especial jovens em início de carreira.

Felicito o português Ulisses Marreiros (gerente geral do hotel) e todos de sua equipe pelo belo trabalho que desempenham a frente do hotel. As muitas celebrações deste Centenário estão apenas começando.

Parafraseando Ibrahim: A demain (até amanhã), que eu vou em frente!

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.