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Turismo e Gastronomia

De pequi à cagaita: o turismo gastronômico do cerrado na cozinha do chef Lui Veronese

Chef brasiliense universaliza a culinária do cerrado em aulas show nos maiores eventos de turismo do Brasil.

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Lui Veronese na Abav Expo (Foto: Thiago Paes) @paespelomundo

Nos corredores agitados da maior Exposição de Turismo da América Latina, a ABAV Expo, que aconteceu final de setembro no Rio de Janeiro, pelo menos dois estandes gastronômicos me chamaram atenção. Minas Gerais montou uma cozinha contemporânea, repleta de símbolos tradicionais como os tachos, os ingredientes rurais que referenciavam o destino Veredas, Brumadinho. Do outro lado, o estande de Brasília, nas cores azul e branca, estampada com obras de Athos Bulcão, o artista que desenhou a Capital Federal. E assim como Minas, Brasília montou uma cozinha para lembrar que a capital do Brasil é também um universo gastronômico, comandada por um premiado chef, um verdadeiro cavalheiro do cerrado.

Lui Veronese

Com passagem pelos grandes restaurantes do mundo, como o El Bulli, Arzak e o El Celler de Can Roca, o brasiliense Lui Veronese trouxe mais uma vez a força da culinária do centro-oeste para o centro das atenções do turismo. Em três dias de evento, Veronese cozinhou finger foods com sua marca registrada: os ingredientes do cerrado do Brasil.

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Não é a primeira vez que o chef Veronese dedica o seu talento ao turismo. Em 2022, a convite da Setur – DF, na Abav Expo em Pernambuco, o Chef cozinhou um dos ingredientes mais emblemáticos do coração do Brasil: o pequi. Um curiosíssimo risoto e maionese de pequi que chamava atenção de gringos e brasileiros de todas as regiões que passavam por ali. Para as apresentações no Rio de Janeiro esse ano levou a cagaita, fruto encontrado nos estados de Goiás, Piauí, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e Minas Gerais. Conhecido por seu efeito laxante, é utilizado em geleias, compotas e acompanhamentos. Delicioso!

Cagaita: fruto típico do cerrado, da mesma família da jabuticaba, goiaba, jambo, araçás e eucaliptos (Foto: Thiago Paes @paespelomundo)

Experiente e premiado

E de trajetória internacional o chef Lui Veronese entende. Pós-graduado em gastronomia criativa pela Universidade de Barcelona, Lui também passou pelo D.O.M. (São Paulo), Le Manoir aux Quat Saisons (Inglaterra) e De Kromme Watergang (Holanda), além de ter sido o auxiliar do chef Alex Atala em eventos internacionais como o Congresso Gastronômico Madrid Fusión (Espanha). De volta ao Brasil, foi chef executivo do extinto Cru Balcão Criativo, onde conquistou 7 prêmios, entre eles chef revelação, melhor restaurante contemporâneo e chef embaixador pelo prêmio nacional DÓLMÃ, um dos mais prestigiados entre os profissionais da área.

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Somam-se a isso a simplicidade e simpatia do chef Lui, sempre disposto a atender e a ensinar a todos os curiosos da Expo, ou ainda, nas diversas aulas show que apresentou nesses eventos, receita a receita.

Cozinha do Cavaleiro

Além de parcerias com chefs como Ian Baiochi (do @izrestaurante @1929trattoria @grabistro @alatasorvetes em Goiás) e Ale Sotero (Mocotó-SP), a culinária regional, autoral, criativa e de afeto da Cozinha do Cavaleiro, seu restaurante, tem como grande parceira a Chef Lu Veronese (@chefluuuuu) sua esposa.

Com chef Lui Veronese na ABAV Expo, numa de suas aulas show (Foto: Thiago Paes @paespelomundo)

O restaurante Cozinha do Cavaleiro é um daqueles lugares que está na minha lista de “tenho que ir!”. No alto paraíso, na Chapada dos Veadeiros, um lugar que já me chama atenção por seus mitos e enigmas, e agora também pela fascinante gastronomia.

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Se for tão bom quando o gostinho do cerrado que o chef Veronese leva para o mundo, já valerá a viagem. Até porque turismo gastronômico é assim, a gente muda a rota, percorre caminhos, sobe chapadas, recomenda estrelas, descobre destinos para comer histórias, momentos, cultura cheia de regionalismos e afetos, como a Cozinha do Cavaleiro, do cavalheiro Lui. Gosto Assim!

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