Especial
Que tal um passeio pelo charmoso Chelsea em Nova York?
Saiba como circular pelos bairros do Chelsea e Hudson Yards, que estão encostados um no outro e oferecem muitos passeios gratuitos ou gastando pouco.
Especialmente na ilha de Manhattan, é possível encontrar diversos bairros com características únicas. E o Chelsea é um desses bairros charmosos em Nova York, onde vale a pena caminhar e ir descobrindo pequenas lojas e galerias cheias de charme. Mas também há locais já consolidados que enchem os olhos e que não podem deixar de ser visitados.
Como já falamos por aqui, a rede de hotéis POD são super bem localizados, por isso, mesmo não ficando exatamente no Chelsea, o POD 39 foi uma ótima escolha. Afinal foi possível chegar ao Hudson Yards bem rápido, pegando o metrô na suntuosa estação Grand Central. Basta entrar lá para lembrar de pelo menos meia dúzia de filmes. E com o Metro Card é possível circular de metrô por 7 dias consecutivos, sem ficar parando para comprar tickets ou abastecer o cartão.
Começando pelo Hudson Yards e The Shed
O Hudson Yards não é necessariamente no Chelsea, é na verdade um bairro vizinho, que fica bem encostado na estrela dessa matéria. Por isso, vale a pena começar uma visita por lá, já que é o bairro mais novo de NYC. Com um projeto bilionário de prédios residenciais e comerciais, você vai andar olhando para cima e sentir o cheiro de coisa nova.
Mas no Hudson Yards existem alguns destaques, com o Edge, o segundo mais novo observatório da cidade (o mais novo é o Summit, inaugurado em 2020). No topo do prédio 30 Hudson Yards foi construída uma plataforma a céu aberto que fica a 335 metros de altura. Por lá também é possível conhecer a obra The Vessel, uma escadaria espelhada que impressiona, pelo tamanho e pelo projeto.
O The Shed, também com arquitetura impressionante, é um centro cultural com características bem diferentes do que estamos acostumados. De acordo com o próprio site, o The Shed é: “um lugar único e inovador para a expressão criativa e o pensamento mais profundo e fresco em relação à produção e consumo cultural – um lugar onde artistas, pensadores e criadores de todas as disciplinas possam criar trabalhos que não seriam ou não poderiam ser realizados em nenhum outro lugar”.
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E ainda: “desde a sua inauguração, o The Shed expandiu a paisagem cultural de Nova York, apoiando artistas estabelecidos e emergentes que estão promovendo formas de arte e colaborando com parceiros que pensam da mesma forma, pares culturais e organizações comunitárias. Produzindo e acolhendo arte e ideias inovadoras, o programa em constante evolução do The Shed inclui experiências imersivas, teatro inovador, grandes exposições de artes visuais, concertos de música pop e clássica e muito mais”.
High Line de Nova York: atravessando o Chelsea no parque linear
O High Line de Nova York é uma inspiração para diversas cidades darem um novo uso a àreas abandonadas. No Brasil, São Paulo já possui o seu e Belo Horizonte tem um projeto que já se arrasta há algum tempo, mas existe uma comunidade que segue firme no sonho do parque linear mineiro. Para entender melhor a história do High Line de Nova York é preciso voltar no tempo.
No século 19 trens de carga entregavam alimentos na parte baixa de Manhattan, mas ele passavam no nível da rua, gerando risco para os pedestres. A 10ª Avenida ficou, inclusive, conhecida como Avenida da Morte. Em 1910 mais de 540 pessoas morreram por causa dos trens. Mesmo com algumas iniciativas já na década de 20, os riscos eram grandes. Então os trilhos das ruas foram removidos e foi criada uma linha ferroviária elevada.
Em 1934 a linha elevada funcionada a todo vapor, cortando diretamente alguns edifícios, criando fácil acesso para fábricas como a National Biscuit Company (também conhecida como Nabisco), que hoje abriga o Chelsea Market. Porém, com o crescimento do trânsito rodoviário os trens entraram em declínio, e na década de 80 a área já estava completamente abandonada. Foi quando começaram a surgir os pedidos de demolição da área.
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Em 1983 um morador da região começou um movimento de preservação da área, já pensando em outras utilizações para o trecho. E mesmo com tantos pedidos de demolição, a natureza se mostrou perspicaz com as plantas selvagens que ali brotaram, tanto quanto os moradores que criaram os “Amigos do High Line”, uma entidade sem fins lucrativos criada para defender a sua preservação e reutilização como espaço público.
Em 2009 a primeira seção do High Line foi aberta ao público, e se transformou no que é hoje! Com jardins selvagens e obras de arte ao longo do caminho, que ainda preserva os antigos trilhos do trem. Ao redor prédios residenciais e comerciais com arquitetura inovadora emolduram o parque linear. E como publicou o The New York Times lá em 2006: “Sapo de uma ferrovia se tornará príncipe de um parque.” Não só pela história, mas pela estrutura, vale a pena caminhar pela via verde de pouco mais de 2km e mais de 500 espécies de plantas e árvores.
Os agradáveis Gansevoort Peninsula e Little Island
Finalizada a caminhada pelo High Line, uma ótima opção é caminhar mais um pouquinho e chegar ao Hudson Park, mais especificamente à Gansevoort Peninsula, que oferece um visual incrível do Rio Hudson e locais agradáveis para relaxar ou até fazer exercícios. Uma praia artificial com areia fininha e cadeiras com guarda-sóis à beira rio fazem o cenário ideal para fotos e descanso. Além disso, área para picnics, bancos e calçadão completam a experiência por lá.
E a poucos metros dali é possível encontrar a charmosa Little Island. Mais um novo espaço público de lazer e apreciação. Enormes estruturas em forma de tulipas podem ser avistadas de longe e compõem a paisagem urbana. De longe as “tulipas” parecem estar com jardins dentro delas. Ao chegar perto você percebe que é possível caminhar entre as estruturas em um jardim com vários níveis e várias vistas. E ali estão turistas, crianças, idosos e jovens, nova iorquinos ou não, em perfeita harmonia.
Os espaços públicos são cada vez mais comuns em Nova York, e certamente fazem a diferença para quem vive por lá. É comum observar que em diversos lugares existem bancos ou pequenas arquibancadas, com o objetivo único de parar, sentar e apreciar. Sempre considerando a máxima de que lugar bom para morar é com certeza lugar bom para visitar.
Mercados que amamos! Market 57 e Chelsea Market
Se existem lugares que contam histórias certamente os mercados são desses! A gastronomia e os mercados em geral falam muito sobre os hábitos de vida de uma comunidade. Por isso, visitar mercados fazem a viagem ter aquele toque de vida nativa. Na região do Chelsea é possível encontrar dois mercados que valem a visita.
Market 57: Às margens do Rio Hudson e com mentoria e orientação da Fundação James Beard, o mercado defende a missão “good food for good” e apoia e valoriza as pessoas por trás da produção alimentar. O mercado abriga quiosques com uma mistura talentosa de empresas pertencentes a minorias e mulheres.
Chelsea Market: com renome internacional o mercado do Chelsea reúne diversos tipos de comércio. Além de comer por lá é possível comprar peixes da região, cortes nobres de carne de um dos melhores açougues de animais inteiros da região, queijos artesanais, produtos frescos e produtos secos italianos importados. Por sua característica, moradores e visitantes frequentam o local, seja para compras ou para um simples café, naquele ambiente de mercado que todo viajante ama!
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