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Panamá: Exemplo de turismo regenerativo

Experimente conhecer a rica herança cultural do Panamá através do turismo regenerativo.

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Guma (Foto: Promtur Panamá)

As discussões a respeito da preservação do meio ambiente nunca estiveram tão em voga. Nesse sentido, a COP 30, que será realizada este ano em Belém do Pará está se aproximando e com ela, vários debates a respeito de práticas que possam ser adotadas para cuidar do planeta. Uma das práticas discutidas atualmente é a do turismo regenerativo.

Contudo, vários destinos e empresas no mercado do turismo estão investindo em ações buscando formas de evitar o prejuízo ao planeta ou compensarem os danos causados. É o que chamamos de turismo sustentável. Embora o estímulo e a prática a essa forma de se trabalhar o turismo sejam benéficos, existe uma maneira de gerar um impacto ainda mais positivo através do turismo regenerativo. 

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Dessa forma, o turismo regenerativo vai além de mitigar os danos causados, tendo o objetivo de deixar o local visitado melhor do que o encontrou. Assim, o turismo regenerativo busca o equilíbrio entre atividade econômica e desenvolvimento do setor, tornando a comunidade local protagonista do destino e atuando de maneira harmônica com a natureza. E um país que vem se destacando de forma pioneira na aplicação de ações voltadas para o turismo regenerativo é o Panamá.

Panamá

O Panamá é um destino muito frequentado por brasileiros. Conhecido por suas belezas naturais de tirar o fôlego que contrastam com suas paisagens urbanas cosmopolitas e por seu famoso chapéu. Além disso, o país possui uma rica herança cultural e bastante diversificada, advinda de sua população indígena.

Desse modo, o turismo em terras indígenas tem um grande espaço dentre as iniciativas voltadas para a prática do turismo regenerativo, aproximando os turistas das comunidades e do contexto cultural e histórico dos destinos que visitam. Estratégia identificada pela UNESCO como uma visão inovadora de turismo sustentável para o futuro.  

Povos indígenas panamenhos

Os indígenas panamenhos são guardiões da herança nativa refletida nos 14,4% da população do Panamá que se identifica como membro de um dos grupos indígenas do país. Além de conhecerem toda a biodiversidade e proporcionar um aprendizado muito mais profundo a respeito de toda a natureza que os rodeia, são também artesãos muito habilidosos.

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Entretanto, o turista possui alternativas para escolher a que combina mais com seu estilo de viagem, pois as comunidades indígenas ficam localizadas em vários pontos do Panamá.

Ngäbe-Buglé

Ngäbe-Buglé (Foto: Promtur Panamá)

A comunidade dos Ngäbe-Bugle é a maior do Panamá e está localizada nas montanhas do oeste do país. O turista poderá ser levado a conhecer cachoeiras reverenciadas como locais sagrados pela comunidade, incluindo a Kiki, a queda d’água mais alta do Panamá. Entre as experiências a serem vivenciadas está a encantadora cerimônia do cacau, ritual espiritual antigo praticado ainda pelos Ngäbe-Buglé.

Naso Tjër Di

O Povo Naso vive em meio às exuberantes florestas tropicais do Bosque Protetor de Palo Seco e do Parque Internacional la Amistad (Pila) e são considerados os “Guardiões da Floresta Tropical”.

Povo Naso, “Guardiões da Floresta Tropical”
(Foto: Promtur Panamá)

Os turistas experimentarão tradições místicas imersivas e rituais cativantes que homenageiam a herança cutural de Naso. Além disso, terão a oportunidade de conhecer o último monarca indígena da América Central, o rei Reynaldo Santana, conhecido por sua sabedoria e liderança.

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O compromisso inabalável do povo Naso com a conservação ecológica também é evidente e, com regulamentações rigorosas para evitar a exploração excessiva dos recursos naturais, os Naso servem como um exemplo inspirador de vida sustentável. Em 2020, a Suprema Corte do Panamá concedeu ao povo Naso o título de 395 mil hectares de suas terras tradicionais.

Emberá

A encantadora comunidade Emberá está aninhada junto à bacia hidrográfica do Canal do Panamá. Os viajantes poderão admirar a profunda conexão das comunidades Emberá com a natureza, e as danças hipnotizantes que incorporam suas crenças espirituais. Além disso, produzem um artesanato distinto que incluem cestas tecidas com detalhes, estátuas de madeira e sementes primorosamente esculpidas.

Emberá (Fonte: Promtur Panamá)

E, como se já não bastasse, o legado do lendário líder Emberá, Antônio Zarco, encantará os aficionados por história. Antônio Zarco não apenas treinou os astronautas da Apollo 11 como também compartilhou sua sabedoria com militares da Força Aérea dos EUA e da NASA, incluindo figuras renomadas como Neil Armstrong e Jonh Glenn.

Guna

 Os membros da tribo Guna habitam a costa leste do Caribe e as belas Ilhas San Blas. Os visitantes terão uma experiência imersiva na sociedade semiautônoma de Guna. A tribo possui uma cultura muito vibrante, com um artesanato singular, bem como uma culinária distinta à base de frutos do mar.

Guna (Foto: Promtur Panamá)

Informações aos turistas

Enfim, o turista que atravessa o continente para conhecer os povos Ngäbe-Buglé, Naso, Emberá e Guna e suas culturas, gastronomia, danças e seus modos de subsistência e preservação da natureza não se arrepende.  

Entretanto, para que o turista não se sinta perdido, criou-se a a SOSTUR, uma plataforma digital para comunidades rurais e indígenas compartilharem sua visão e apoiarem a implementação do turismo. Mas, mais do que isso, a plataforma traz informações e suporte ao turista. O viajante ainda pode selecionar de forma antecipada passeios em várias comunidades. Além disso, o Brasil possui voos diretos para o Panamá saindo de várias capitais, entre elas, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte.

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Definitivamente, o Panamá é um belo exemplo da aplicação do turismo regenerativo na prática. Exemplo que deve servir de inspiração a outros países como o Brasil.  Valorizar a nossa cultura e raízes não só favorece o turismo regenerativo como também estimula o orgulho às nossas origens.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.