Fórum Internacional de Gastronomia de Belo Horizonte mostrou a importância de debater o setor Uai Turismo
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Fórum Internacional de Gastronomia de Belo Horizonte mostrou a importância de debater o setor

Último dia da Bienal da Gastronomia de Belo Horizonte foi repleto de palestras, debates e ações que valorizassem o setor.

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Apresentação Milagres dos Peixes - uma expedição e um menu para valorização dos peixes de rio e água doce de Minas Gerais, com Bruna Martins (Birosca), Carol Haddad (Una) e Seu Noberto (pescador).
Apresentação Milagres dos Peixes - uma expedição e um menu para valorização dos peixes de rio e água doce de Minas Gerais, com Bruna Martins (Birosca), Carol Haddad (Una) e Seu Noberto (pescador). (Foto: Acervo Uai Turismo)

Encerrando a Bienal de Gastronomia de Belo Horizonte, o Fórum Internacional de Gastronomia – FIG teve um dia repleto de atividades que valorizassem o setor como um todo, levantando a importância do debate, das discussões e da troca de conhecimento entre profissionais e entusiastas da gastronomia. O segundo e último dia do Fórum foi ainda mais intenso do que o primeiro, contando com uma programação muito rica, principalmente no Sesc Palladium, com ações no Grande Teatro e no Teatro do Bolso. Mas o evento contou também como uma ação no Mercado Novo.

Debates e Discussões

As ações que aconteceram no Sesc Palladium, tanto no Grande Teatro quanto no Teatro de Bolso, eram voltadas a palestras que culminaram em debates e discussões mais críticas em relação a gastronomia, levantando temas importantes e pertinentes para o setor.

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Dessa forma, a gastronomia foi apresentada de diversas maneiras. Desde o modo de ser trabalhada na integração com outros setores, da necessidade de abrir seus olhos para a inovação e conseguir trabalhar com esses avanços sem perder a essência humana por trás das cozinhas; a sua função social como forma de inclusão, principalmente de pessoas em situação vulnerável e de mudar realidades de pessoas, comunidades e localidades.

Apresentação Novas tendências dos serviços de alimentação no turismo do Brasil, com Simone Galante (Galunion Consultoria) e Renato Lana (Sebrae)
Apresentação Novas tendências dos serviços de alimentação no turismo do Brasil, com Simone Galante (Galunion Consultoria) e Renato Lana (Sebrae) (Foto: Acervo Uai Turismo)

As palestras atenderam tanto ao público técnico quanto ao público final, com aprofundamentos necessários mas sem deixar de se fazer entender pela complexidade. Foram momentos de aprendizado compartilhado, que trouxeram a necessidade do alinhamento de quem está dentro da cozinha com quem está fora esperando pelo seu prato. Levantando para os profissionais a necessidade de aprender a educar o público para consumir de forma mais consciente, fazendo com que esses passem a compreender os processos que acontecem em um empreendimento gastronômico e o valor por trás de cada prato.

Além disso, foram reforçados conceitos como a tradição nas cozinhas, demonstrando a importância de reconhecer a ancestralidade e de se aprender a valorizar os processos e estudos que transformam o alimento em um prato pronto. Ainda nessa temática, focou-se também na tradicional cozinha mineira, que sabe valorizar suas raízes e se adaptar ao novo sem perder sua essência.

Saboreando o Amanhã

A ação Saboreando o Amanhã aconteceu no Mercado Novo, no Cozinha Tupis, das 12h às 13h30. O projeto apresentou um prato típico de Mérida, Cidade do México, interpretado pela chef Mariana Gontijo. A atividade faz parte das ações de intercâmbio entre as cidades da Rede da Unesco no campo da Gastronomia e promove o debate sobre as mudanças climáticas no planeta. A ação é inspirada no estudo do filósofo Jonathon Keats, que a partir de uma equação estruturada conseguiu comprovar que o clima da capital mineira daqui a 50 anos será similar ao da cidade mexicana, demonstrando a possível produção alimentar no município com as condições climáticas de Mérida.

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Em 2022, Belo Horizonte realizou a mesma ação com a cidade mexicana, enviando uma receita de um prato característico da capital mineira que foi interpretado por chefs de Mérida no festival gastronômico Pueblos de Maíz Fiesta. A iniciativa fez parte de uma ação de intercâmbio entre as cidades criativas da gastronomia.

Preparo do Cochinita Pibil
Preparo da Cochinita Pibil (Foto: Acervo Uai Turismo)

Durante a ação, Eduardo Seijo, Coordenador Mundial das Cidades Criativas da Gastronomia e morador de Mérida, contou um pouco sobre a história e a elaboração do prato, conhecido como Cochonita Pibil ou Cochonita enterrada (leitão enterrado). O prato é histórico, consumido pelo Povo Maia muito antes da chegada dos europeus ao México e recebe esse nome por se tratar de um pequeno porco ou leitão assado em fornos na terra, que são tapados e que demoram horas para ficar pronto. É um alimento consumido aos finais de semana, por toda população e de todas as condições sociais.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.