Gastronomia
Portugal: um Porto para comer e beber bem
Nas ruas históricas da Cidade do Porto, novos e nada badalados restaurantes traduzem a gigante culinária portuguesa
Tenho um amigo que fala que Portugal é gigante. Um país com uma nação de mais de 900 anos, uma das mais antigas do mundo, tem muita história e receitas pra contar. Recentemente na Cidade do Porto, sem a pretensão de conhecer os mais badalados restaurantes, me surpreendi com esquinas e as biroscas charmosas traduzindo, à sua maneira, a gigante culinária da cidade.
Lá eu no Porto outra vez. Reencontrando amigos, parceiros de trabalhos, refazendo passeios que já fiz dezenas de vezes, como visitar as vinícolas da lindíssima região do Douro. O norte de Portugal é bucólico, tem um charme tipo exportação, e muita comida boa.
Comer e beber bem
Não é à toa que nomes consagrados da gastronomia nacional estabelecem restaurantes por ali, como o chef José Alvillez, com o Cantinho do Avillez (R. Mouzinho da Silveira, 166) onde provei a entrada de tempurá de feijão verde (chamada de peixinho da horta) um dos petiscos mais pedidos da casa. E meu destaque no almoço de chegada.
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Mas a beleza e os intensos sabores que marcam a culinária tradicional portuguesa com seus pratos embebecidos de azeite de oliva está naquelas esquinas, sem nomes consagrados nas cozinhas, sem badalação.
Um dos pratos que me encheram a boca a cada garfada foi o bacalhau com broa do Praça 63 um restaurante nada badalado, nada inusitado, nada sofisticado e que entrega tudo: um prato cheio de sabores, de texturas, uma cozinha brutal, rústica, aquelas que críticos desconfiam e que turistas amam. Esse bacalhau estava simplesmente acolhedor para os dias sozinhos em busca de bons sabores pela cidade. É turisticamente imperdível.
Bacalhau à parte, o Porto é conhecido muito mais por outra iguaria: a tripa. O prato “tripas ao Porto” é um símbolo dos bons comedores que aqui vivem. Mas infelizmente não foi dessa vez que provei (e me arrisquei a provar) as tripas, porque (anotem!) elas são tradicionalmente servidas às quintas. E não tive tempo para saracotear as quintas por lá.
Outros sabores
E não é só de turísticos bacalhaus e das tradicionais tripas que Porto sobrevive. Nas ruas badaladas da cidade restaurantes asiáticos, italianos e argentinos se espremem em prédios históricos. Provei um belíssimo bife de chorizo no “Belos Aires” (Rua Jose Falcão, 115) acompanhado de belíssimas empanadas de chorizo (são coisas diferentes) e carta de vinhos entre argentinos e portugueses. Vale a visita.
O turismo no Porto é tão gastronômico que muitos hotéis simplesmente abdicam de investir em restaurantes próprios – o que é uma tendência mundial, para que o cliente possa conhecer os restaurantes mais inusitados da cidade. Foi assim no Moon And Sun, um hotel boutique que tive o prazer de transformar em minha casa durante uma semana na cidade. Atendimento impecável, ambientes design como um bom hotel boutique deve ser, quartos confortáveis com roupa de cama incrível. Ah, e um detalhe, café da manhã até as 11h e ainda um café da tarde que começa às 14 e termina às 21h, que fazia toda diferença quando eu chegava cansado dos passeios.
Os passeios da vez
Claro, os passeios! Fiz dois realmente imperdíveis: um ao Douro num tour premium que me levou juntamente com um pequeno grupo de turistas (éramos 5 ao total) para as melhores vinícolas, incluído o almoço ($160, euros o tour de 9h) pega no hotel, deixa no hotel ao final do dia.
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O outro, foi um passeio que queria há muito tempo fazer: conhecer a cidade de Santiago de Compostela na Espanha. Que lugar! Jovem, gastronômico, encantador. Encantado, saí. Ambos fiz com a Livingtours um dos maiores e mais estruturados receptivos de Portugal que também faz tour pela Espanha. Foi lindo! Gosto de Portugal Assim.
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