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O turismo precisa funcionar em cadeia

Evento de uma das maiores operadoras do país reforça a necessidade do turismo funcionar em sistema

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. Um evento desse porte reforça a importância do turismo funcionar em cadeia, sendo vantajoso para todos os envolvidos na prática turística quando o sistema opera de maneira ideal. (Foto: Cadu Nickel)

Aconteceu na última semana, entre os dias 17 e 21 de março de 2024, a XVI Convenção da Schultz, no Vila Galé – Alagoas. A convenção, organizada pela Schultz, uma das maiores operadoras de turismo do país, reuniu mais de 350 agentes de viagem de 22 estados federados do Brasil, mais o Distrito Federal. Aroldo Eitel Schultz, CEO da operadora, afirmou que o evento contemplou agentes de viagem de tradição e agentes que também estão começando na profissão, mas que apresentam potencial. O CEO ainda explicou que os agentes são convidados a participar da convenção devido a sua capacidade de gerar negócios para Schultz, para os fornecedores e para os destinos. Um evento desse porte reforça a importância do turismo funcionar em cadeia, sendo vantajoso para todos os envolvivos na prática turística quando o sistema opera de maneira ideal.

Não se preocupe se estiver perdido em relação aos termos utilizados no parágrafo anterior, a cadeia do turismo é, quase sempre, desconhecida pelo senso comum. O que leva ao imaginário popular que a agência faz tudo quando se trata de uma viagem. Esse processo é dividido em etapas, para que desde a montagem do roteiro a concretização da ida do turista ao destino seja feito de maneira organizada, segura e com um impacto positivo sobre a localidade. Entender como funciona a cadeia do turismo é benéfico não só para profissionais do setor, mas também para leigos, que poderão ser mais criteriosos para escolher com quem realizar suas próximas viagens.

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Cadeia do Turismo

De modo geral, a Cadeia Produtiva do Turismo é o conjunto de produtos e serviços que atuam para que a viagem aconteça, beneficiando o turista, a localidade e os empreendimentos envolvidos. Dentro da cadeia do turismo, a viagem é dividida em três momentos: organização, venda e recepção do turista no destino. A divisão permite que os empreendimentos envolvidos foquem na sua função, contatando os fornecedores necessários de cada categoria, gerando uma proteção em cada etapa.

A operadora de turismo participa do primeiro momento da viagem: a organização. São as operadoras que executam o planejamento e a criação dos pacotes de serviços comercializados pelas agências de viagem. Elas realizam parcerias com meios de hospedagem, companhias aéreas, equipamentos turísticos, entre outros, com intuito de criar pacotes turísticos. A função vital da operadora é apenas a criação do pacote, enquanto a comercialização fica a mando das agências de viagem. As agências, em parceria com as operadoras, promovem os pacotes turísticos e realizam as vendas, criando laços com os clientes. Além disso, também atuam como intermédio para construção de pacotes personalizados. Já o receptivo turístico é o serviço responsável por atender aos turistas diretamente no destino final, facilitando sua locomoção na localidade. A agência de turismo receptivo é o toque final de cuidado na organização da viagem do turista. Os receptivos são agências da localidade, que realizam o transfer, acompanham nos passeios (com guias credenciados), oferecem serviços especializados e fornecem informações locais com precisão.

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Para uma melhor compreensão, tomamos como exemplo a Convenção da Schultz, que aconteceu em Alagoas. A Schultz é uma operadora de turismo, responsável pela construção de pacotes e roteiros turísticos, comercializados pelas agências de viagem. Durante a convenção, os participantes foram recepcionados pela Agência de Receptivo Luck, que realizou o translado do aeroporto até o Vila Galé – Alagoas, em Barra de Santo Antônio, e também foi responsável por realizar passeios (no caso específico da convenção, visitas técnicas) durante a viagem, com transporte e guia durante todo o percurso. 

Além disso, o evento auxiliou a promoção do destino de Alagoas. Uma vez que os agentes de viagem estiveram no estado, conheceram e aprenderam mais sobre ele, logo se mostrarão mais capacitados a vendê-lo. Sendo mais um exemplo do funcionamento da cadeia do turismo. 

Turismo Seguro

Mas para além do agenciamento, a cadeia do turismo também precisa de outros serviços para funcionar de fato. Durante a convenção foram apresentados dois tipos de seguro: Seguro Viagem e Seguro Responsabilidade Civil, mostrando que tanto a agência quanto o viajante precisam estar assegurados durante uma viagem. 

O Seguro Viagem pode ser definido como “é melhor prevenir do que remediar”. Ninguém quer que algo dê errado em uma viagem, mas infelizmente a lista de coisas que podem causar dor de cabeça é enorme e, para isso, é sempre melhor estar preparado desde o momento da compra da viagem do que esperar acontecer algo e pagar para ver. Para adquirir o seguro viagem, é necessário pagar um determinado valor para o período da viagem, com cobertura para o território final. Caso precise acioná-lo durante a viagem, é só ligar para a central e aprender quais direcionamentos tomar, dentro da sua cobertura. A melhor forma de adquirir um seguro viagem é com o agente de viagem, durante a compra do pacote turístico. As agências já possuem seus parceiros estabelecidos e poderão explicar como funciona cada cobertura e como acionar, caso necessário. A Vital Card, um dos seguros de viagem mais abrangentes do mercado, esteve presente na XVI Convenção Schultz, reforçando a importância de viajar estando assegurado. A empresa apresentou um dos seus grandes diferenciais, que é a cobertura por evento. Para cada acontecimento, o segurado tem o valor do seguro com o valor reintegrado. Se a cobertura contratada foi de US$ 30 mil e foram utilizados US$ 20 mil para determinado evento, caso seja necessário recorrer ao seguro novamente, o valor da cobertura também será de US$ 30 mil. 

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A outra forma de seguro apresentada foi direcionada às agências de viagem presentes no evento. A TZ Seguros apresentou a importância dos profissionais também estarem assegurados, uma vez que erros podem acontecer durante todo o processo de execução da viagem, desde um nome errado na passagem ao esquecimento de avisar o turista da necessidade de um visto. Esses erros prejudicam a imagem da agência e podem até levá-la à falência, pelos altos custos de multas e pedidos de devoluções. É nesse momento que entra o Seguro Responsabilidade Civil Profissional, para cobrir prejuízos causados a passageiros cometidos por erros de agências. Pelo seguro podem ser pagos indenizações, reembolsos e todos os prejuízos causados. 

A cadeia do turismo deve funcionar para que o setor continue atuando de forma organizada, segura e sustentável, visando sempre minimizar erros e viabilizar acertos, por isso a participação de todos os envolvidos se faz necessária. Mas vale lembrar que o turismo ainda envolve muitos outros profissionais e empreendimentos que não foram citados nesse texto, mas que são extremamente fundamentais para a realização do maior propósito do turismo: a viagem. 

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