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Baleias: Uma experiência turística de inverno

Muito além do frio, o período do inverno traz a possibilidade de viver a experiência única de se observar as baleias jubarte no litoral brasileiro.

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Salto da baleia jubarte. Foto: EnricoMarcovaldi - ProjetoBaleiaJubarte

A princípio, o período do inverno sempre traz uma enxurrada de informações a respeito de festivais e destinos típicos para curtir o frio, tomar um vinho, ficar em um lugar aconchegante, comer aquela comidinha que ajuda a aquecer o coração. Contudo, é também nesse período, que podemos ter a incrível experiência de avistar baleias pelo litoral brasileiro.

Entre os meses de julho e novembro várias espécies de baleias, em especial as jubartes, migram para águas brasileiras. Dessa forma, não importa se você está sentindo frio ou calor, poucas coisas serão mais impressionantes do que ver de perto algo tão majestoso.

Durante o inverno as jubartes sempre buscam águas mais quentes para dar à luz a seus filhotes, podendo ser vistas do litoral de São Paulo até o litoral da Bahia. Todavia, não foi sempre assim. Baleias jubarte não eram vistas desde a proibição da caça nos anos 1960. Em 1988, durante a implantação do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos foi redescoberta uma pequena população sobrevivente de baleias jubarte. Após muito trabalho e com recursos escassos dos pesquisadores pioneiros Márcia Angel e Enrico Marcovaldi, em 1996 criaram o Instituto Baleia Jubarte. No mesmo ano a Petrobras passou a patrocinar o Instituto, uma parceria que se mantém até hoje.

Quase extinção

De acordo com Pedro Rodrigues, coordenador do Projeto Baleia Jubarte, “a população dessas gigantes chegou a 500, quase sendo extinta. Hoje, após 35 anos de muita pesquisa, dedicação e trabalho de conscientização, estima-se uma população de aproximadamente 30.000, que pode ser vista nas áreas adjacentes à Plataforma de Abrolhos”. Dessa forma, o turismo de observação de baleias vem crescendo proporcionalmente à sua população. Nesse sentido, praticado de forma sustentável, dentro das normas, não impacta as baleias e ainda movimenta a economia nas cidades onde é realizado.

Outros passeios para imersão

Além da observação das baleias, existem também eventos imperdíveis como a Festa da Baleia Jubarte da Praia do Forte e a Festa Cultural da Baleia Jubarte de Caravelas. A Festa da Baleia Jubarte celebra a chegada das baleias na costa baiana para o período reprodutivo. Possui diversas atrações artísticas, esportivas, muita música e atrai grande público. A Festa Cultural da Baleia Jubarte de Caravelas se tornou um evento tradicional, sendo considerada a 2ª maior festa popular do município, ficando atrás apenas do carnaval.

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E não para por aí! Na Praia do Forte/ BA, está localizado o Espaço Baleia Jubarte, inaugurado em 2004. O espaço oferece uma imersão no mundo das baleias jubarte, com réplicas em tamanho natural, esqueleto de jubarte adulta e painéis interpretativos com belíssimas imagens. Em Vitória no Espírito Santo, o Espaço Baleia Jubarte foi inaugurado em 2019 em uma das mais belas áreas da cidade, na Praça do Papa. Conta também com espaço interpretativo interno e externo, com réplicas e painéis.

De onde sair para observar as baleias

Atualmente, existem saídas para o turismo de observação de baleias em várias cidades da costa brasileira. A princípio, o que era visto apenas com muita sorte, na plataforma de Abrolhos, atualmente, o viajante pode escolher entre várias opções. Ilhabella em São Paulo, Rio de Janeiro capital, Vitória, no Espírito Santo, Caravelas, Cumuruxatiba, Prado, Porto Seguro, Arraial D’Ajuda, Itacaré, Barra Grande, Morro de São Paulo, Salvador, todas localizadas na Bahia, são as cidades prontas para oferecer uma experiência inesquecível. Desse modo, a tendência, com o aumento da população das baleias, é que em breve, o número de saídas aumente.

Baleia emergindo parcialmente em frente a um barco com observadores.
Foto: Sérgio Cipolotti – Projeto Baleia Jubarte

Diante disso, é possível contratar passeios para avistar as baleias e seus filhotes. Em geral são bem seguros, desde que se escolha operadoras de turismo confiáveis e que sigam as diretrizes de observação. As diretrizes envolvem, manter uma distância segura para não as perturbar ou colocar em risco a própria segurança, e, as embarcações devem respeitar as regras estabelecidas para evitar colisões e interferências nas atividades das baleias. Contudo, a operadora de turismo contratada deve possuir autorização, conhecimento a respeito de todas as diretrizes de observação, sobretudo um guia experiente e capacitado que entenda o comportamento das baleias.

Operadoras parceiras

Dessa forma, o Instituto Baleia Jubarte capacita os guias para os passeios e possui operadoras parceiras em praticamente todos os pontos de saída para visitação.

Na Praia do Forte, Bahia, as operadoras parceiras são A Portomar ou a Base Náutica. A Shark Dive e Dive BahiaEm são as parceiras em Salvador, Bahia. Na cidade de Itacaré, Bahia, é indicada a Escuna Deus Pode Mais. Em Porto Seguro, Bahia a parceira é a Cia do Mar. Nas cidades de Cumuruxatiba e Caravelas, também na Bahia, possuem, entre outras, a Aquamar e Abrolhos Adventure. Em Vitória, Espírito Santo, possui a Natura Ecoturismo, a Blue Trip e Jubarte Safari. A Cap. Ximango e Mar e Vida são as parceiras em IlhaBela, São Paulo.

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Os valores dos passeios variam entre R$200,00 e R$400,00, de acordo com local, tempo de duração e idade. O viajante encontrará desde passeios com duração de 3 horas até passeios que levam o dia e a tarde inteiros. Bebidas e comidas estão inclusos na maioria dos pacotes. Nos passeios mais longos as operadoras oferecem o almoço também. Em relação às crianças, é bom ter atenção, pois em alguns locais possui limite de idade permitida.

Aprecie

Finalmente, com a segurança garantida, o viajante aventureiro terá a oportunidade de observar a dinâmica das baleias, que podem ser, de certa forma, bastante exibidas. As gigantes jubartes adoram saltar e levantar suas caldas, como se soubessem que estão sendo vistas e admiradas. Apesar de enormes, se movimentam de maneira graciosa e passam um ar de genuína inocência, uma vez que, mesmo com todo o tamanho, não apresentam sinais de agressividade. Por esse motivo, à princípio, o observador poderá sentir medo e ansiedade. Porém, quando a insegurança se desfaz, o que sobra é o encantamento e sensações mágicas, de uma experiência única, impossível de se descrever com palavras. Sentimentos inesquecíveis, que nenhuma fotografia será capaz de expressar a verdadeira maravilha da natureza que os olhos tiveram a chance de presenciar.

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